quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Gota D´Água

Queridos, 
A tempos estamos ouvindo críticas sobre os meios de produção de energia que são utilizados no país.
O destaque que apresento hoje é sobre a campanha veiculada na rede do movimento gota d'água que traz num vídeo várias celebridades questionando o fato de que temos que tomar alguma providência contra os males causados por uma obra de tamanha magnitude.
O interessante é que ontem estive conversando com um servidor da ANEEL que esclareceu que não existe ainda formas de armazenamento de energia elétrica que possibilitasse o melhor aproveitamento da energia.
Isso quer dizer que dependemos de um único sistema que tem mão única, ou seja, ela segue para o usuário independentemente se ele faz o uso ou não. Se ele usar bem, senão a energia segue para outro ponto e assim vai até ser, de fato, utilizada.
Questionei se não seria possível armazenar essa energia de forma a aproveitá-la melhor e ele disse que se eu inventasse esse sistema eu ficaria, sem dúvida, multimilionário.
Ele disse que o ideal seria que a energia pudesse ser compartilhada, de modo que se você possuisse na sua casa um sistema de energia solar, por exemplo, e não estivesse utilizando por completo (como aqui em Brasília que muitos utilizam apenas para aquecimento de água), você poderia distribuir a energia acumulada na rede, de forma compartilhada, isso lhe traria benefícios em termos de conta de energia além de permitir o desafogamento das centrais energéticas.
Não consigo entender como que no Brasil, como um potencial enorme para a produção de energia, não utiliza e nem investe em energia ecológica e inteligente. Energia limpa não basta. Tem que ser ecológica e inteligente. Vejamos por exemplo a Alemanha que tem inúmeros captadores de energia heólica como um território infinitamente menor do que o nosso. Esta na hora da gente fazer a diferença e exigir uma ATENÇÃO verdadeira sobre o assunto. Só lembramos da energia em tempos de apagão, quando não é assim só estamos preocupados em ter a nossa energia funcionando... essa mentalidade tem que mudar.
O vídeo postado nos remete a um link... visitem a página e assinem a petição! Paz!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Podre até o caroço!


"A nossa Camara Distrital está mais poder do que era na Era Arruda..." (Chico Vigilante)

      Os anos passam, décadas passam, e nada muda... é fácil ver que não estamos "andando pra frente" como se parece, os escândalos em Brasília mostram que quase nada mudou... para evitar colocações pessoais relembro dos versos da música dos Paralamas do Sucesso que naquela época já identificava o câncer que desde então vem matando Brasília aos poucos.. FORA FICHA SUJA, FORA CORRUPTOS BANDIDOS!

"Eles ficaram ofendidos com a afirmação
Que reflete na verdade o sentimento da nação
É lobby, é conchavo, é propina e jeton
Variações do mesmo tema sem sair do tom
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei
Uma cidade que fabrica sua própria lei
Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia
Se essa palhaçada fosse na Cinelândia
Ia juntar muita gente pra pegar na saída
Pra fazer justiça uma vez na vida
Eu me vali deste discurso panfletário
Mas a minha burrice faz aniversário
Ao permitir que num país como o Brasil
Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado
Por um par se sapatos, um saco de farinha
A nossa imensa massa de iletrados
Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez
O congresso continua a serviço de vocês
Papai, quando eu crescer, eu quero ser anão
Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição
Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena
João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena
De exemplo em exemplo aprendemos a lição
Ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão
De rádio FM e de televisão
Rádio FM e televisão"

terça-feira, 1 de março de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

VOCÊ tem coerência?


"Você" ou "Doutor" ?  Ou seria Vossa Excelência ?

LEMBRA DO JUIZ QUE ENTROU NA JUSTIÇA CONTRA O CONDOMÍNIO EM QUE MORA, POR CAUSA DO TRATAMENTO DE "'VOCÊ" DADO PELO PORTEIRO? 
POIS É, SAIU A SENTENÇA, LEIA ABAIXO.
OBSERVE A BELA REDAÇÃO, BEM ARGUMENTADA, ATÉ SOLIDÁRIA DO JUIZ ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO PARA COM O JUIZ QUE SE QUEIXA, MAS....
UMA VERDADEIRA AULA DE DIREITO E DE PORTUGUÊS!
 

Processo distribuido em 17/02/2005, na  9ª  vara cível de Niterói - RJ


PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMARCA DE NITERÓI - NONA VARA CÍVEL

Processo n° 2005.002.003424- 4


S E N T E N Ç A

Cuidam-se os autos de ação de obrigação de fazer manejada por ANTONIO MARREIROS DA SILVA MELO NETO contra o CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LUÍZA VILLAGE e JEANETTE GRANATO, alegando o autor fatos precedentes ocorridos no interior do prédio que o levaram a pedir que fosse tratado formalmente de "senhor". 
Disse o requerente que sofreu danos, e que esperava a procedência do pedido inicial para dar a ele autor e suas visitas o tratamento de ' Doutor, senhor"  "Doutora, senhora", sob pena de multa diária a ser fixada judicialmente, bem como requereu a condenação dos réus em dano moral não inferior a 100 salários mínimos. (...)

DECIDO: "O problema do fundamento de um direito apresenta-se diferentemente conforme se trate de buscar o fundamento de um direito que se tem ou de um direito que se gostaria de ter." (Noberto Bobbio, in "A Era dos Direitos", Editora Campus, pg. 15).

Trata-se o autor de Juiz digno, merecendo todo o respeito deste sentenciante e de todas as demais pessoas da sociedade, não se justificando tamanha publicidade que tomou este processo. 
Agiu o requerente como jurisdicionado, na crença de seu direito. Plausível sua conduta, na medida em que atribuiu ao Estado a solução do conflito.

Não deseja o ilustre Juiz tola bajulice, nem esta ação pode ter conotação de incompreensível futilidade. O cerne do inconformismo é de cunho eminentemente subjetivo, e ninguém, a não ser o próprio autor, sente tal dor, e este sentenciante bem compreende o que tanto incomoda o probo Requerente.

Está claro que não quer, nem nunca quis o autor, impor medo de autoridade, ou que lhe dediquem cumprimento laudatório, posto que é homem de notada grandeza e virtude. Entretanto, entendo que não lhe assiste razão jurídica na pretensão deduzida.

"Doutor" não é forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento. Emprega-se apenas às pessoas que tenham tal grau, e mesmo assim no meio universitário. Constitui-se mera tradição referir-se a outras pessoas de 'doutor', sem o ser, e fora do meio acadêmico.

Daí a expressão doutor honoris causa - para a honra -, que se trata de título conferido por uma universidade à guisa e homenagem a determinada pessoa, sem submetê-la a exame.

Por outro lado, vale lembrar que "professor" e "mestre" são títulos exclusivos dos que se dedicam ao magistério, após concluído o curso de mestrado. Embora a expressão "senhor" confira a desejada formalidade às comunicações - não é pronome -, e possa até o autor aspirar distanciamento em relação a qualquer pessoa, afastando intimidades, não existe regra legal que imponha  obrigação ao empregado do condomínio a ele assim se referir.

O empregado que se refere ao autor por "você", pode estar sendo cortês, posto que "você" não é pronome depreciativo. Isso é formalidade, decorrente do estilo de fala, sem quebra de hierarquia ou incidência de insubordinação. Fala-se segundo sua classe social. O brasileiro tem tendência na variedade coloquial relaxada, em especial a classe "semi-culta" , que sequer se importa com isso.

Na verdade "você" é variante - contração da alocução - do tratamento respeitoso "Vossa Mercê". A professora de linguística Eliana Pitombo Teixeira ensina que os textos literários que apresentam altas freqüências do pronome "você", devem ser classificados como formais. Em qualquer lugar desse país, é usual as pessoas serem chamadas de "seu" ou "dona", e isso é tratamento formal.

Em recente pesquisa universitária, constatou-se que o simples uso do nome da pessoa substitui o senhor/a senhora e você quando usados como prenome, isso porque soa como pejorativo tratamento diferente. Na edição promovida por Jorge Amado "Crônica de Viver Baiano Seiscentista", nos poemas de Gregório de Matos, destacou o escritor que Miércio Táti anotara que "você" é tratamento cerimonioso. (Rio de JaneiroSão Paulo, Record, 1999).

Urge ressaltar que tratamento cerimonioso é reservado a círculos fechados da diplomacia, clero, governo, judiciário e meio acadêmico, como já se disse. A própria Presidência da República fez publicar Manual de Redação instituindo o protocolo interno entre os demais Poderes. Mas na relação social não há ritual litúrgico a ser obedecido. Por isso que se diz que a alternância de "você" e "senhor" traduz-se numa questão sociolingüística, de difícil equação num país como o Brasil de várias influências regionais.

Ao Judiciário não compete decidir sobre a relação de educação, etiqueta, cortesia ou coisas do gênero, a ser estabelecida entre o empregado do condomínio e o condômino, posto que isso é tema interna corpore daquela própria comunidade.

Isto posto, por estar convicto de que inexiste direito a ser agasalhado, mesmo que lamentando o incômodo pessoal experimentado pelo ilustre autor, julgo improcedente o pedido inicial, condenando o postulante no pagamento de custas e honorários de 10% sobre o valor da causa. P.R.I. Niterói, 2 de maio de 2005.


ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO
/Juiz de Direito/

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Programa Carrera da TV Justiça!

Foi ao ar hoje o programa gravado no escritório Ferraz dos Passos Advocacia, eu e principalmente o meu pai João Pedro Ferraz dos Passos, participamos do programa que ficou excelente. Reprise na Quarta as 13h30, quarta as 21h e quinta as 18h! Assintam e opinem...